Esqueça o líder inatingível: agora é o momento de se aproximar, escutar e conseguir engajar sendo guardião da cultura organizacional e dos propósitos da empresa
Falar em liderança e cultura organizacional nos remete que um gestor é guardião dos valores e crenças de uma empresa, e consegue motivar equipes a trazer os resultados para a organização. Se ao falar de liderança, você imagina uma pessoa inatingível, dando ordens, numa escala hierárquica superior inacessível, precisamos avisar: este momento pede outra configuração da alta gestão.
Neste texto vamos falar um pouco sobre liderança e cultura organizacional, suas formas de atuação e porquê as empresas precisam cuidar destes dois elementos para conseguirem engajar suas equipes e alcançar um propósito. Também falaremos sobre novos posicionamentos da gestão com os colaboradores e como a cultura organizacional permeia tudo isso.
Entenda a cultura organizacional
A cultura organizacional diz respeito à criação de valores, percepções compartilhadas, regras, padrões, suposições culturais, linguagem e formas de relacionar-se em uma empresa. Ao unirmos estes pontos, passamos a entender que cultura organizacional é o que define um ambiente de uma organização.
Esses costumes e regras são aprendidos coletivamente e transmitidos aos demais, geralmente pela liderança, que possui um forte vínculo com o DNA da empresa. E para que estes novos membros e os demais pertencentes consigam atingir seus objetivos e resultados em uma instituição, liderança e cultura organizacional precisam andar alinhadas e exercer uma influência positiva sobre toda a equipe.
Se a cultura organizacional não está clara para times e lideranças, os grupos, fofocas, opiniões conflitantes e insatisfação dos profissionais terão consequências negativas para todos. Demissões, desmotivação, falta de confiança na liderança e resultados ruins são algumas delas.
A liderança e seus novos papéis
Um líder define objetivos, gerencia equipes e as direciona para um senso de propósito, visão e inspiração. São considerados como inspiração para os times e sabem que representam a empresa fisicamente. Seus atos, falas, gestos e expressões dizem muito sobre o momento que uma organização passa, cabe a ele cuidar e se adaptar às realidades que a empresa vivencia e seguir motivando os colaboradores.
Já foram vistos como pessoas inacessíveis dos demais colaboradores, e em algumas empresas ainda segue sendo assim. Com o futuro colaborativo e o cenário do home office definitivo em algumas organizações, as lideranças também precisaram ajustar sua forma de atuar. Quem pretende seguir posicionamentos fixos em um mercado em evolução constante está fadado aos erros. Os tempos tecnológicos pedem essa fluidez e velocidade que lideranças e cultura organizacional das empresas precisam acompanhar. Um gestor que somente dá ordens, tarefas e metas e não interage com seus funcionários representa uma ideia já ultrapassada e que precisa ser atualizada.
O retorno pode vir através de baixos resultados, revelando limitações e pontos a desenvolver dos times e formas de melhorar essas lacunas. O novo desafio passou a ser conseguir levar a cultura organizacional para as equipes onde elas estiverem e humanizar as lideranças. Espera-se que um líder esteja preparado para gerenciar projetos, times e adversidades que possam surgir, seguindo se capacitando.
É essencial que a liderança e a cultura organizacional de uma empresa sejam espelho uma da outra, equilibrando o que é tangível e intangível na relação com os demais times. Os líderes que possuem uma comunicação aberta com os funcionários, conseguem escutar, motivar e mostrar acessibilidade aos altos escalões.
Assim, rompem barreiras, unem equipes, difundem a cultura da empresa e conseguem motivar todos a buscarem resultados de forma efetiva. Essas novas habilidades são uma realidade que o mercado valoriza para as lideranças. Transparência, autenticidade e a capacidade de se mostrar uma pessoa igual à outra qualquer.
Desmotivação e o efeito dominó
O ano de 2022 trouxe um fenômeno ao Brasil que já vinha acontecendo com alguns países chamado A Grande Renúncia, que reflete o poder de escolha dos colaboradores na hora de retomar ao modelo presencial de trabalho. Fatores também apontados pelos colaboradores, de acordo com pesquisa da McKinsey & Company foram:
- Mudança de carreira;
- Melhores benefícios;
- Mais flexibilidade;
- Líderes não se importam;
- Falta de desenvolvimento profissional;
- Busca por um trabalho significativo e
- Falta de suporte para saúde e bem estar do colaborador.
Tudo isso reflete um cenário de desmotivação nas equipes, índices de evasão altos como já comentado anteriormente e comprometimento da saúde dos times. E tudo isso é uma resposta à cultura organizacional que não valoriza membros de uma organização. Novamente a liderança entra como elo para criação de confiança na relação com a comunidade de uma empresa.
E essa cultura precisa incentivar o autoconhecimento dos funcionários, para que mantenham o foco em suas tarefas: conhecer pontos fortes e pontos a desenvolver. Isso significa que liderança e cultura organizacional precisam abrir espaço para temas como saúde mental e desenvolvimento pessoal. Somente com esta abertura, transparência e união poderá surgir ideias relevantes para a otimização do potencial de todo o grupo.Para inovar na forma de fazer recrutamento e seleção, entre em contato com a Grow Group conosco através de nossas redes sociais: estamos no Facebook, Instagram, LinkedIn e escute nosso podcast no Spotify.