Você sabia que o termo Design Thinking se tornou popular após ser utilizado em uma palestra de Tim Brown, fundador da empresa de inovação IDEO, na escola de negócios da Universidade de Stanford, em 2008?
Essa é uma abordagem que tem o ser humano como figura central no processo de criação e na busca constante por inovação. Inicialmente empregado apenas no Design, o Design Thinking se popularizou entre as mais diversas áreas de negócio.
Para uma startup, a inovação é premissa básica, certo? Uma empresa que busca resolver problemas grandes com poucos recursos precisa encontrar soluções inovadoras. Ao colocar o usuário do produto ou serviço como foco no processo de criação, as chances de garantir a satisfação do cliente e o sucesso do projeto, multiplicam-se.
E aí, quer saber mais sobre o Design Thinking para startups? Continue a leitura!
Quais são as etapas do Design Thinking?
As etapas principais do Design Thinking são imersão, cocriação e prototipação, porém, dependendo de suas particularidades, alguns projetos podem requerer que o processo se desdobre em 5 fases. Acompanhe!
Empatia ou Imersão
Etapa onde são identificadas as dores e necessidades do cliente final. Podem ser utilizadas técnicas como o Mapa de Empatia, uma análise do perfil do cliente, abordando seus pensamentos e sentimentos, suas atitudes e o que comunica, suas dores e ganhos esperados.
Definição
Após a coleta de informações realizada na fase de imersão, define-se qual é o problema que o produto ou serviço irá resolver.
Ideação
É a etapa onde surgem as ideias inovadoras. Uma das técnicas que pode ser empregada nesse momento é o Brainstorming, reunião na qual todos os participantes do time contribuem com ideias, que são anotadas sem julgamentos, para que sua viabilidade possa ser analisada posteriormente.
Prototipagem
Nessa fase, desenvolve-se a versão inicial do produto para avaliação e aperfeiçoamentos. Um protótipo não exige a qualidade técnica que será empregada no produto final e deve ser testado com o mínimo de investimento, no menor tempo possível.
Os responsáveis pela avaliação podem ser um grupo pequeno de pessoas que não atuam na empresa ou colaboradores de outros departamentos que não estejam envolvidos no projeto. Se essas opções não forem viáveis, o próprio time encarregado do projeto pode realizar a avaliação. O ponto forte dessa etapa é permitir que se erre de forma rápida e barata.
Teste
O objetivo da última etapa é testar a performance do produto com usuário final, registrar seu feedback e utilizá-lo para melhorias no produto ou serviço entregue.
O que é necessário para uma startup adotar o Design Thinking?
Para que uma startup adote o Design Thinking em seu processo criativo é importante assumir uma cultura voltada para a experimentação e inovação.
A abordagem do Design Thinking tem algumas premissas que facilitam a sua aplicação, como a Cocriação e colaboração. Ao unir diferentes pessoas em um projeto único, é possível favorecer a troca de ideias e experiências (Não fale, faça), o objetivo deve ser sempre transformar as ideias em realidade para facilitar a compreensão de todo o time a respeito das etapas de desenvolvimento do projeto.
Além disso, a experimentação deve ser contínua, de modo a gerar inovação, e a ação incentivada, para tirar os projetos do papel.
Outro ponto importante é ter o processo do Design Thinking sempre em mente, para obter os resultados desejados, e o foco no ser humano , premissa básica para um projeto que utiliza a abordagem do Design Thinking.
Onde o Design Thinking deu certo?
O próprio Tim Brown, um dos responsáveis por popularizar a abordagem do Design Thinking, acredita que, para obter inovação no âmbito profissional e pessoal, todas as pessoas deveriam pensar como designers, independente da área de atuação.
E essa versatilidade do Design Thinking, faz com que a abordagem seja adotada em empresas com diferentes modelos de negócios.
Nubank
Uma das grandes referências do Design Thinking no mercado atual, a gigante startup de serviços financeiros adota uma cultura de foco total no cliente, sendo que o pontapé inicial para a sua criação foi a péssima experiência que o CEO David Vélez teve com empresas de serviços bancários no passado.
Nesse momento, no lugar de consumidor final, Vélez decidiu criar uma empresa de serviços financeiros que facilitasse a vida de seus clientes. Desde então, todos os processos da Nubank são desenvolvidos pensando na melhor experiência para o usuário.
Livre
Buscando melhorar a mobilidade e proporcionar mais autonomia para pessoas cadeirantes, os fundadores da empresa desenvolveram o Kit Livre, que transforma a cadeira de rodas em um triciclo motorizado.
As premissas do Design Thinking estiveram presentes durante o processo de criação, focando nas necessidades do usuário final, aplicando técnicas de prototipagem, testes e aprimoramentos. A empresa aposta também na obtenção de feedbacks dos clientes, cientes de que essa é uma oportunidade para aprender e melhorar seus produtos e atendimento.
Conclusão
Independentemente do modelo ou tamanho da empresa, os cases trazem como ponto comum o foco no usuário, premissa essencial para uma startup que deseja utilizar a abordagem do Design Thinking em seu processo criativo.
Vimos, nesse artigo, algumas ferramentas e ideias para aplicar na sua estratégia, mas é importante lembrar que o Design Thinking é um processo maleável, que pode ser adaptado ao modelo de negócio e cultura da sua startup, o pré-requisito é apenas estar em busca de inovação!
Esse artigo foi produzido pela Hubify, Agência de Marketing Digital que Gera Prosperidade