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Inovação Aberta: alternativas para resultados tecnológicos

Desde a década passada, um conceito vem se espalhando mundialmente: a Inovação Aberta. Este novo olhar traz um contraponto à Inovação Fechada, que tem um custo mais elevado de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), além de não estar trazendo o retorno esperado pelas empresas. A adesão à Inovação Aberta tem sido crescente tendo em vista que nem todas as boas ideias precisam ser desenvolvidas dentro da própria empresa, pois nem todas as pessoas competentes e geniais necessariamente trabalham dentro dela. Essas pessoas podem estar fora da organização, mas trabalhando indiretamente para ela.

Segundo Eduardo Grizendi, Diretor de Engenharia e Operações da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a empresa fertiliza seu processo de inovação e aproveita mais as oportunidades que existem se, de forma aberta, buscar outras bases tecnológicas, além de sua base interna. ‘‘A disponibilidade crescente de capital de risco torna mais fácil a criação de spin-offs, através da criação de startups nascidas dentro da própria empresa’’, comenta Grizendi. Ainda segundo o diretor, explorar estas alternativas, em um ambiente aberto de ideias, tecnologias e recursos, é, sinteticamente, operar no modelo de Inovação Aberta.

Isso requer uma boa Gestão da Inovação e dar grande atenção às universidades que têm áreas de pesquisa relacionadas ao segmento da empresa. O estabelecimento de cooperação com a universidade é uma ação importante que a empresa deve desenvolver, aderente aos princípios da Inovação Aberta. Dissertações de mestrado e teses de doutorado normalmente alcançam resultados tecnológicos com potencial de inovação; muitos deles se transformando em patentes. Para o modelo de Inovação Aberta, universidade e empresa podem cooperar entre si, tornando-se parceiras nos objetivos e atividades da pesquisa, envolvendo pessoas talentosas em ambos os lados.

Vale lembrar que resultados tecnológicos de P&D certamente geram riquezas e contribuem para o desenvolvimento econômico e social de uma região ou país. Ocorre que, operando no modelo fechado, essa riqueza se dá, quase que exclusivamente, por meio da incorporação do que a empresa leva para o mercado. Por meio apenas desse mecanismo, muitos produtos intermediários de P&D não são aproveitados e, portanto, não geram riqueza. Com a introdução do modelo aberto, há o aproveitamento das ideias externas à organização como, por exemplo, em licenciamentos, transferências de tecnologia e geração de startups e spin-off’s.

Spin-off’s InovAtiva Brasil

Como consequência aos fenômenos atuais, algumas startups são adquiridas por grandes empresas. Outras morrem levando com elas suas próprias inovações. Outras sobrevivem, crescem significativamente e se tornam grandes empresas. Essa é a dinâmica de um sistema atacado por uma epidemia de inovação, com os resultados tecnológicos sendo aproveitados intensamente, fertilizando e estimulando o empreendedorismo e a implantação de ambientes de pré e de incubação para novas empresas. Algumas dessas empresas passaram pelo programa InovAtiva Brasil e atualmente se apresentam com destaque no cenário inovador brasileiro.

Integra Bioprocessos e Analises

A empresa surgiu em 2013 na Universidade de Brasília, no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT). O trabalho está na produção de ácido lático como substrato para produção do polímero PLA, que pode ser utilizado como bioplástico. Segundo Nádia Skorupa Parachin, CEO da empresa, durante o período de incubação, a startup ganhou direcionamento e apoio em diversas áreas de estruturação. “Nascer dentro de uma universidade nos fez refletir sobre o que queríamos colocar no mercado. No CDT da UNB recebemos apoio jurídico, financeiro e ganhamos bastante visibilidade. Tivemos até um termo de compartilhamento com o laboratório de biologia molecular, com o apoio da maioria dos colegas e professores”, relembra. Após se destacar no ciclo de aceleração 2017.1 do InovAtiva Brasil, a empresa foi selecionada para participar do programa de aceleração de Minas Gerais, FIEMG LAB, voltado especialmente para área acadêmica de mestrado e doutorado.

Actions Security

Com um trabalho voltado para fornecer soluções na área de segurança da informação, a Actions Security surgiu a partir de um grupo de trabalho desenvolvido dentro da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o GT-ACTIONS, comandado por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A partir disso, a empresa foi selecionada para um processo de incubação no Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTc-PB). Gustavo Brito, CEO da empresa, relembra como essa fase aconteceu. “Por ter nascido dentro do Laboratório de Redes da UFPB, tivemos bastante apoio com infraestrutura para auxiliar o desenvolvimento das atividades. Além disso, os projetos fomentados na universidade tiveram impacto direto no sucesso da nossa ferramenta. Tivemos um período de 3 anos de pesquisa intensa no laboratório para atualmente termos uma solução eficiente e de última geração”. Em parceria com a RNP e com a universidade, a Actions Security conseguiu finalizar o registro de software para o recente projeto, a solução SeVen.

ProbioFull

A startup é um projeto de dois professores da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), Juliana Magalhães e Paulo Granjeiro. Através do apoio da instituição, a startup pode contar com uma infraestrutura para as pesquisas e bolsa de pesquisa para iniciação científica, além de depósito de patente através do NIT. “A ProbioFull produz probióticos a partir de soro de leite da indústria de laticínios que poderão ser utilizados com diversas finalidades, como em polpas de frutas, indústria farmacêutica, cerveja artesanal e outros”, destaca Juliana.

Atualmente, o objetivo da ProbioFull é de ampliar a aplicação dos probióticos para outros setores, como cosméticos. Vale ressaltar que recentemente a empresa foi uma das quatro primeiras selecionadas, de 102 inscritos, para participar do primeiro programa de aceleração de Minas Gerais, FIEMG LAB Acelera Mestrado Doutorado.

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