É muito comum associarmos startups com uma garagem, alguns computadores e uma equipe de jovens alucinados, desenvolvendo alguma ideia inovadora, certo? Pois bem, essa é uma realidade para muitas startups, que começam a sua vida empresarial na raça e disposição de seus fundadores. Mas e quando ela dá certo? E quando a demanda de trabalho aumenta? Quando são aceleradas ou recebem investimentos? Como lidar com uma equipe que cresce em um ritmo tão intenso e veloz como é característico das startups?
A garagem ficou pequena? O coworking está apertado?
Sim, o sonho de toda startup é lidar com essa questão: a equipe está crescendo e não cabe mais nos espaços compartilhados, ou até mesmo na garagem, no quarto ou no quintal. Esse problema, por mais que seja o resultado de um projeto que está dando certo, pode ser mais grave e importante do que pensamos. Planejar e alinhar o crescimento da equipe em um ambiente tão dinâmico como o de uma startup é fundamental para continuar na trilha do sucesso.
Mas como saber qual a hora de contratar mais? Ou de sair da “garagem”?
Infelizmente, não existem receitas prontas, prazos definidos ou até mesmo indicadores seguros o suficiente que nos forneçam exatamente essa resposta. Porém, seguem algumas dicas que podem te ajudar a tomar uma decisão.
1. Qual a produtividade da sua equipe?
Você sabe qual a produtividade de cada funcionário? É fundamental que você consiga entender quanto cada membro do seu time contribui para a sua startup, em termos não somente de horas de trabalho, ou de entregas, mas também em termos financeiros. É fundamental que as startups trabalhem com métricas financeiras desde o início.
2. Qual a demanda futura? Ela é constante?
Após entender qual a capacidade produtiva da sua startup, é preciso pensar no futuro! Qual a sua demanda futura em termos de trabalho? É uma demanda constante e já existente? Ou é apenas temporária?
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É preciso fazer um exercício de futurologia nesse momento, para entender qual a real necessidade de aumentar a equipe. Verifique se a sua demanda não é somente para desenvolver uma parte de um sistema ou projeto, por exemplo, e poderia ser suprida com uma equipe temporária, ou até mesmo aumentando a carga de trabalho da sua própria equipe.
3. Mas por que tanta cautela? Qual o medo de aumentar a startup?
A cautela e o medo é porque grande parte dos custos de uma startup está relacionada à mão de obra. Este custo significa algo em torno de 60% a 70% dos gastos da startup. O Brasil possui uma legislação trabalhista muito rígida e rigorosa, o que significa que as despesas referentes aos funcionários devem ser avaliadas também em casos de demissão.
A cautela é fundamental, pois a vulnerabilidade de uma startup está justamente na geração de caixa, talvez o ponto mais sensível e de maior importância para qualquer organização.
Planejar é fundamental, em qualquer etapa da vida de uma organização, sendo ela uma startup ou uma multinacional. A dica de Deming continua sendo uma das mais importantes, mesmo para ambientes de inovação:
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, ou seja, não há sucesso no que não se gerencia.” (adaptado de W. Edwards Deming).
Curtiu o nosso post? O que tem feito para lidar com os avanços da sua startup? Fique ligado nos próximos posts sobre equipe e liderança.
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