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Assessoria de M&A para startups: uma bússola para a jornada rumo ao Exit

No quarto post da Série Rumo ao Exit, você vai descobrir o que é e qual o papel de uma assessoria de M&A (ou Advisor) nos processos de compra e venda de startups.

Se você vem nos acompanhando até aqui, já aprendeu sobre os conceitos básicos de fusões e aquisições sobre as partes envolvidas em uma transação e conheceu um pouco do processo de venda de startups. No artigo de hoje, vamos mostrar como é o trabalho de uma assessoria de M&A, e como ela pode auxiliar na jornada rumo ao Exit dos empreendedores.

Como já dissemos aqui na série, um Advisor em M&A é um terceiro contratado para orientar o processo de venda de uma startup. Seu principal objetivo é auxiliar os empreendedores ao longo desta última milha, com aconselhamento e estratégias para maximizar o valor do negócio e melhorar as condições do Deal.

Como trabalha uma Assessoria de M&A

Ela atua alinhada com os objetivos dos empreendedores e demais sócios da empresa para que o valor e as condições da operação sejam os melhores possíveis, seja em questão de Valuation, formas de pagamento ou direitos e deveres de cada uma das partes. 

O processo de venda de uma startup é complexo e longo, envolvendo uma série de agentes e diferentes perfis. Para se ter uma ideia, transações de M&A podem durar de 6 a 24 meses para serem finalizadas e envolvem dezenas de potenciais compradores — cada qual com seus sócios, advogados e assessores envolvidos. 

Um Advisor em M&A auxilia em todas as etapas deste processo. Ele(a) tem experiência e conhecimento dos aspectos operacionais da transação e atua, principalmente, nos seguintes pontos:

  1. Estratégia de saída – alinhada com expectativas dos empreendedores e demais sócios;
  2. Análise do mercado e histórico de transações similares;
  3. Análise da empresa e melhorias para aumentar Valuation e liquidez (atratividade do negócio);
  4. Preparação de materiais; 
  5. Levantamento de Targets (potenciais compradores)
  6. Acesso ao mercado (compradores); 
  7. Negociações de Valuation, estrutura de operação e condições;
  8. Suporte na Due Diligence e assinatura de contratos. 

Como uma Assessoria em M&A é remunerada

Como prática de mercado, é remunerada de duas formas: Retainer e Success Fee. Retainer nada mais é do que uma mensalidade cobrada ao longo da operação de aquisição da startup. Ela é geralmente um valor fixo e serve tanto para cobrir custos como para manter engajados os empreendedores e os sócios no processo de venda.

Já o Success Fee é a comissão cobrada pela execução da transação. Esta comissão é geralmente um percentual do valor do Deal, alinhado com os interesses dos empreendedores e sócios, uma vez que a assessoria será remunerada de acordo com o valor da transação. 

Como escolher um Advisor em M&A

Em sua grande parte, assessorias de M&A são especializadas em determinados segmentos ou modelos de negócios. Apesar de eventuais similaridades no processo de Fusões e Aquisições, assessores com experiência em segmentos tradicionais como Óleo e Gás, por exemplo, têm maior competência, conhecimento e acesso ao mercado para conduzir operações desta área. Eles sabem das nuances do setor e poderão contribuir de forma mais assertiva para maximizar o valor do Deal.

Quando falamos de startups e empresas de tecnologia, a experiência e o conhecimento neste perfil específico de negócio é ainda mais importante, uma vez que possuem características diferentes de uma empresa tradicional, como altas taxas de crescimento, indicadores financeiros eventualmente operando no vermelho, rodadas de investimento com Valuations diferentes e condições específicas para investidores, para citar alguns. 

De acordo com o perfil de seu negócio, é importante buscar uma assessoria especializada, que possa contribuir da melhor maneira possível para seu negócio e, consequentemente, para a operação de venda (Exit).

Em resumo, um Advisor em M&A atua como conselheira, uma parceira de confiança capaz de pensar e agir de forma racional e objetiva — algo às vezes difícil para os envolvidos direta e emocionalmente com a empresa. Ela irá trabalhar para alcançar as expectativas dos empreendedores, cuidando para que todas as necessidades (atuais e futuras) da startup sejam contempladas na negociação e no contrato.

Fazer isso na primeira jornada, sem apoio, nunca é uma boa ideia. Hoje, eu apoio empreendedores porque vivi na pele como é difícil fazer isso sozinho. Normalmente, o empreendedor vai fazer isso uma ou duas vezes na vida, por isso, vale muito à pena contar com a ajuda de quem tem experiência nisso.

Você está tomando a decisão que vai mudar a sua vida, muitas vezes com grande carga emocional envolvida, com muita complexidade de documentação, de regras. Portanto, é preciso trazer junto neste momento quem já vivenciou isso, quem compreende essas cláusulas, condições e a própria dinâmica envolvida.

— Rafael Assunção, Managing Partner da Questum, no Podcast SCStrong sobre M&A para Startups.

Vender sua empresa é um dos principais momentos da jornada de um empreendedor. É nesta hora que todo sacrifício feito ao longo de anos de trabalho será financeiramente recompensado. Por isso, não há margem para erros e trilhar esta etapa com quem sabe é uma forma de mitigar riscos e evitar arrependimentos após a realização do negócio.

Hoje, encerramos o último artigo sobre as etapas e os agentes envolvidos em uma operação de M&A para startups. No próximo post, vamos trazer um Glossário de M&A, onde reuniremos os termos mais importantes que utilizamos ao longo da Série Rumo ao Exit, para servir de consulta rápida. Até lá!

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