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Para fazer diferença no mundo: negócios de impacto

Não basta ser startup, é preciso fazer diferença. A frase, que lembra um antigo comercial de TV, é mais atual do que nunca quando o assunto são os negócios de impacto. O mundo está cheio de problemas, mas não está cheio de soluções, de empreendimentos que atinjam positivamente as áreas sociais e ambientais, o que torna o campo bastante vasto e ávido por novas ideias. A questão é quem nem sempre é fácil alcançar os objetivos, por
mais que haja boa vontade. É preciso compreender o movimento, desvendar necessidades e oportunidades e instrumentalizar empreendedores para que novos negócios de impacto realmente gerem resultados.

Nem filantropia nem caridade. Os negócios de impacto focam na melhoria da qualidade de vida das pessoas, mas com garantias de sustentabilidade econômica para o empreendedor. Baseados em quatro compromissos básicos definidos pela Carta de Princípios – Missão Social e Ambiental, Impacto Social e Ambiental Monitorado, Lógica Econômica e Governança Efetiva – esses modelos de negócios têm um charme a mais: o desafio de impactar positivamente alguns dos maiores problemas da sociedade e fazer diferença no mundo.

Mapeamento mostra a realidade dos negócios de impacto no Brasil

O 1° Mapeamento Brasileiro de Negócios de Impacto Socioambiental, realizado pela Pipe Social, mostra que a maioria deles está concentrada na área da educação (38%), tecnologias verdes (23%) e cidadania (12%), com 52% dos modelos de negócio B2B. Dos 579 negócios de impacto mapeados, 70% já estão formalizados, 40% têm menos de 3 anos de fundação e 90% têm equipe própria com mais de dois funcionários. A maior parte deles é encabeçada apenas por homens (58%, contra 20% de apenas mulheres).

No traking financeiro, 79% dos negócios de impacto mapeados estão em fase de captação de investimentos, a maioria até R$ 200 mil e 33% entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão. Entre incubadoras e aceleradoras (11%), a maioria recebeu investimentos de anjos profissionais (9%), investidores com contratos formais e institutos/fundações (ambos 7%). Com isso, 35% não faturaram no último ano e 31% tiveram faturamento de até R$ 100 mil. O faturamento acima de R$ 2,1 milhões atingiu 7% dos negócios de impacto.

Em relação aos quatro critérios definidos pela Carta de Princípios de Negócios de Impacto, 43% sinalizam a missão social e ambiental em toda a comunicação externa, 31% ainda não definiram indicadores de impacto para a medição com o impacto social e ambiente monitorado, 46% não têm subsídio ou têm capital filantrópico como fonte de receita em relação ao compromisso com a lógica econômica, e 73% nunca calcularam a análise do legado socioambiental deixado pelo negócio x valor econômico extraído. Em 42% a comunidade é consultada, mas não participa da gestão do negócio (governança efetiva).

O mapeamento mostra que apesar do campo vasto, o preparo e a instrumentalização dos empreendedores é fundamental para o sucesso das startups nos modelos de negócios de impacto. Afinal, se fosse fácil, não seria desafio. Inscreva-se no curso InovAtiva de Impacto e prepare-se de verdade para fazer diferença no mundo.

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